O Jardim Mágico

Há muito tempo Conta-se que existiam dois vizinhos que eram grandes amigos João era lavrador e Antônio pastor Durante uma seca muito rigorosa Antônio perdeu todo o seu rebanho e tudo que tinha Assim, decidiu buscar a sorte em Outro lugar e foi se despedir do vizinho João no entanto não permitiu sua partida Deu a metade de sua terra ao amigo que ficou muito feliz e agradecido Certa vez Antônio estava trabalhando no campo quando ouviu uma pancada Sua enxada tinha atingido um pote velho Um pote cheio de moedas de ouro Imediatamente foi de encontro ao amigo "João! João! Você está rico olhe!" João deu um sorriso carinhoso "Que isso Antônio, esse ouro é seu, a Final de contas você o encontro na sua terra" "Não João você já me deu o bastante! Tome pegue o seu tesouro!" "O seu tesouro!" "Seu!" "Seu!" E os dois começam a discutir Não conseguiam chegar a um acordo Decidiram então buscar concelhos com o sábio da aldeia O sábio perguntou aos seus três Dicipulos qual seriam os seus concelhos O primeiro respondeu: "Ora! A solução é óbvia, o o Uro foi encontrado no solo, Nenhum desses homens quer Aceita-lo, só resta enterrar esse ouro denovo" O segundo falou: "O tesouro foi encontrado nas terras do Imperador, o ouro deve ser entregue a ele" E o terceiro ponderou: "Se coubesse a mim decidir o que fazer, Com o tesouro eu compraria sementes, E então poderíamos plantar um lindo jardim, u M belo jardim onde toda a aldeia pudesse desfrutar" E todos acharam que essa era a melhor coisa a se fazer O discípulo então foi encarregado de ir na Feira comprar as sementes, para semear o jardim (Sons de feira) De repente o discípulo ouviu uma grande barulheira Era uma caravana que trazia centenas de pássaros em apertadas gaiolas O discípulo perguntou ao chefe da Caravana qual era o destino daquelas lindas aves "As aves são para a mesa do imperador, Ele vai se banquetiar com sua carne E decorar o palácio com sua plumas, Trago aves apanhadas nos desertos, nas montanhas, Nos bosques e lagos, Trago as aves mais raras no reino, Algumas são as últimas de sua espécie" O discípulo, sem pensar duas vezes, Ofereceu todo o tesouro que tinha em troca da liberdade das aves O chefe arregalou os olhos, agarrou a bolsa de dinheiro e foi embora E o discípulo soltou todas as aves Que imediatamente alçaram vôo Colorindo por instantes o céu da cidade Feliz, tomou rumo de casa Mas a medida que caminhava A boa sensação de seu feito foi desaparendo Afinal de contas, ele gastou todo o tesouro que tinha E não comprou sequer uma semente O que ele diria ao seu mestre? E aos vizinhos que lhe tinham confiado o tesouro? Desesperado sentou no chão e começou a chorar Mas de repente Ouviu um farfalhar de asas velozes E o ar estava tomado por centenas de pássaros Que com seus bicos, garras e asas Plantavam sementes trazidas de toda parte O discípulo ficou ali, fascinado Quando as aves terminaram seu trabalho Alçaram vôo cantando belas melodias E então As sementes começaram a germinar Crescer, florescer e dar frutos E foi assim que surgiu o jardim Mais bonito que a terra já pode germinar