Lyrics

Meu povo marcha em direção a morte Qual é a safra? Quanto custa a Glock? Eu quero ter essa mulher pra mim Eu quero poder escolher o meu fim Meu bom, eu to há quase 22 por aqui No 12 em vão, já vi irmão cair Mas é a rotina que te suga Sem fé, eu sei o quanto isso custa O dia a dia no Brasil é diferente Aqui tudo é caro, a segurança mente O preconceito reina, o beco dá medo Hospital sem leito é um terço do problema Eles estão dizendo que os seres humanos São os anjos caídos que Deus mandou cá pra Terra De castigo, por terem botado defeito na criação do mundo Aqui eles aprenderam com os bichos a ter filhos Viraram muitos, começaram a inventar casa Ruas, cidade, país e um monte de máquina Era pra imitar Deus O pai uma hora vai, fez diferença, me faz falta Minha mãe é como Deus, ela não ensina, ela exalta Sou como um passageiro, um pombo que leva as carta Minha gata é como eu, ela é o corpo, eu sou a alma Nasci em BH, onde o vento faz a curva Morei em São Paulo, cinza num tom de chuva Moro no cerrado, eu to no lugar errado Eu adoro mar, eu odeio muvuca Abraço pro Manduca, eu me amarro na Asa Norte Quando eu me aposentar, eu vou pra lá criar bull dog Ou qualquer outro hobby, ainda ouvindo Bob Se pá, trombar o Vitu e aquele maldito revolver Sabe tempo, cê foi cruel comigo, porém Nessa desgraça não é você meu inimigo Me basta ouvindo o que gasta, fiz amor com minha carcaça O rap é meu primeiro filho No início, Deus ficou danado da vida Mas depois acabou, foi amolecendo o coração Com o dengo dos anjos caídos E com o jeito errado deles fazerem as coisas Surpreendentes, fora de controle Diferentes do resto Menino tecido pelo destino, nascido de pais jovens Criar um filho ainda nem sabem se podem Minha vó, paciência de jovem Na casa colocando ordem Na raça, me abraça, evita o desmazelo Os pais ao Pai dão graças e a vida mais zelo Cabelo indiozinho, os olhinhos como sempre Salve pro cabelo, refuses the premps Always close to my few friends E é desse jeito que a vida segue em frente E a nossa vinda é pra fazer diferente Dos erros que foram feitos ainda que o caos atente Seguiremos de pé, com fé, pro que der E vier com um qualquer Quem não quer, se puder, não esqueça Que as vidas são distintas e a direção a mesma E o pivete não tem o que comer No 157 não deixa se perder Meu povo não se lembra da história Meu povo tem curta memória As leis não são iguais, me diz quanto tu ganha Os reis não são reais, feliz é quem se engana É preciso amar pra não desistir Somente no cantar eu consigo resistir Verás que um filho teu não foge a luta Mas qual é a causa dessa disputa? Deus não é daqui, meu chegado, perdão Já que no cerrado o que vinga é traição E o país vive na velô da bala perdida Meu amor resiste, é tudo pela cria Nós dois contra o mundo, minha tribo tá junto Aqui ou em Saturno, eu brindo ao futuro Deixo a vida porque não sabia ser feliz Também que mania é essa de vocês de viver querendo ser feliz? Encontrei o corpo do meu filho com a caneta na mão E o caderno aberto nesta página Não sabia que ele fazia versos, poesia Me acharam esquisito aonde quer que eu fui O que mais posso posso dizer pra essa gente que não flui? E pro poeta, chocar é a tarefa, o rap não é careta E ele odeia gente que não trepa Eu poderia te agradar, só que eu tô me agradando Eu gosto mesmo é de cantar por isso to cantando Gosto do meu flow, gosto da minha letra E colo com meu brow, no show, com a melhor camiseta Vim pra ser um marco, um divisor de águas Bora, sobe no barco, vamo voltar pra casa Se Deus criou a Terra, ele é um E.T Não posso prometer, nem prever o final dessa arruaça Não vi que você deu pití, eu tenho déficit De atenção você pode repetir Eu sou um pássaro, você um réptil Isso é o máximo, você vai precisar de intérprete Embora meu peito esteja cheio de amor A vontade de viver me escapa por um triz Então dirão de minha grande dor Deixo a vida porque não sabia ser feliz Bonito demais, rapaz Eu sou calango e vou pra praia pra aproveitar o máximo Mas mano eu nunca vi o tempo passar tão rápido Pleno plano pra viver, assim de um jeito mágico Desde então cada situação é um estimulo válido Então eu vim pra ser a interrogação E o que se entende só depende da sua interpretação Interrogaram-me se eu queria viver assim Sim, sem som não dá e o bang é aqui Enquanto tem um mané que escuta no rádio a voz do Brasil Tem um menor que faz a ronda e mete bronca com o fuzil Puxando o gatilho e um dia foi quem caiu Mais um pra contar filho, deste solo és mãe gentil De um lado sobe e ganância e enriquece Do outro de amor e de esperança a Terra desce Se tamo preso em um beco sem saída Vamo seguir sem medo sempre cantando a vida
Writer(s): Renato Alves Menezes Barreto, Henrique Sampaio Lins, Dimomo Lyrics powered by www.musixmatch.com
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