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ROMANCE ARRABALERO Num certo dia Valentim deixou o rancho, Ninho simplório no fundo do corredor, E bem montado numa baia frente aberta, De pilchas novas pra rever o seu amor. Chapéu tapeado, de barbicacho trançado, Rumbeando na estrada, direto pro povoado, Assobiando um chamamé bem correntino, Sonhando a Ruana, no ranchinho caiado. E no arrabalde uma moça se enfeitava, Água de cheiro ajoujada com segredos, No coração uma saudade acalentava, Mas não falava porque disso tinha medo. Então se amaram como nunca até ali, Amor febril de paixão e desespero, No frenesi que durou léguas e noites, Era infinito esse romance arrabalero. Depois os dois se quedaram extasiados, Num catre simples de pelegos sobre o chão, Valentim voltou de novo para a estrada, E a linda Ruana ainda sentia sua mão. O domador levava um gosto de alegria, O novo encontro e a beleza de amar, A xirua guardava em si uma semente, Que em nova vida iria se transformar. E no arrabalde uma moça se enfeitava, Água de cheiro ajoujada com segredos, No coração uma saudade acalentava, Mas não falava porque disso tinha medo. Então se amaram como nunca até ali, Amor febril de paixão e desespero, No frenesi que durou léguas e noites, Era infinito esse romance arrabalero. Era infinito esse romance arrabalero... Era infinito esse romance arrabalero...
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