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Ela só ficava em casa E cuidava dos menino Um lar de pobre, mas honrado De repente desmanchado Só por causa de um cretino Lembro o dia em que te dei Um liquidificador Objeto barulhento Parecia um pé de vento Quando ligava o motor Quanto suco nóis fizemo' Quanto amor, quanta lascívia Até que vem o demônio Espantando Santo Antônio Era o moço da Bolívia E ele trouxe um pó branquinho Esticou um pouquinho De um jeito estranho foi sentindo o cheiro E enarrou falar sem freio Minha mulher pro meio, todo aquele assanho E eu tentei falar com jeito Ela possuída, quase que eu apanho Não, não! Saia da minha vida Saia do meu leito Saia do meu coração Não, oh, não! Saia da minha vida Saia do meu leito Saia do meu coração Mas o tempo foi passando E ela toda se arruinando Viajando o mundo todo E o dinheiro entrando em rodo E eu lá em casa esperando Mas verdade seja dita Comigo ela foi bacana Me deu roupa, me deu tudo Deu sapato, deu estudo Presenteou-me com um Santana Vocês sabem, meus amigo Tanto luxo me calou Sou um homem de princípios Mas eu amo essa menina E o meu ódio já passou E hoje temos uma firma, ela é presidente Modestamente, eu sou o contador Eu não mexo no pecado E ela no atacado faz a transação Lá no fundo eu condeno Mas a vida é linda Pra quem tem paixão Não, oh, não! Não me saia da minha vida Sou um homem viciado No seu coração É muito amor por você, gatinha 4h12 Não, não! Não me saia da minha vida Sou um homem viciado No seu coração