Clara é o nome da negra que não me sai da lembrança
Pra não perder a esperança de poder tê-la de novo
Na hora do lusco-fusco meu pensamento troteia
Procurando encontrá-la nalgum rancho lá no povo
Só resta um raio de sol bem no topo da coxilha
E o manto negro da noite avisa que é o fim do dia
E nesses sonhos profundos, sua imagem me ilumina
E a saudade enconcha a tarde num mar de melancolia
Onde andará negra Clara com seu olhar caborteiro?
Nunca mais tive notícias depois que ela foi embora
Sinto a falta dos seus braços para embalar devaneios
E do calor dos seus beijos na solidão destas horas
A madrinha dos momentos que aprisionaram meu ser
Pra povoar a sua ausência na saudade que ficou
Recoluto na lembrança, seu corpo feito pecado
Neste ocaso colorido que a natureza pintou
Nesta hora é o fim da tarde, quando aumenta o desejo
Parece que eu a vejo abrindo a porta do fundo
Pra renovar da surpresa, tudo aquilo que eu sentia
Nos braços da negra Clara eu era dono do mundo
Onde andará negra Clara com seu olhar caborteiro?
Nunca mais tive notícias depois que ela foi embora
Sinto a falta dos seus braços para embalar devaneios
E do calor dos seus beijos na solidão destas horas
Onde andará negra Clara com seu olhar caborteiro?
Nunca mais tive notícias depois que ela foi embora
Sinto a falta dos seus braços para embalar devaneios
E do calor dos seus beijos na solidão destas horas
Onde andará negra Clara com seu olhar caborteiro?
Nunca mais tive notícias depois que ela foi embora
Sinto a falta dos seus braços para embalar devaneios
E do calor dos...
