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Credits
PERFORMING ARTISTS
Carolina Deslandes
Vocals
COMPOSITION & LYRICS
Carolina Deslandes
Composer
Agir
Composer
PRODUCTION & ENGINEERING
Agir
Producer
Jon
Producer
Janga
Mixing Engineer
Dminor
Mastering Engineer
Just Jones
Producer
Lyrics
Eu bebi da raiva como sumo
Deve ser por isso que eu não durmo
Sim, eu já errei e isso assumo
Mas não fiques se é para fazeres disso assunto
O nosso amor foi morto-vivo, hoje é defunto
Sais do nada, voltas, gritas que sou tudo
E eu sim nado ou é desta que me afundo
É madrugada e queres discutir a fundo
Sou caos e calma, é no centro que me fundo
Sou toda a alma, mas dizes que te confundo
Na tua sala, não te vejo entre o fumo
Não sei se é karma ou se sou eu que te consumo
Fecho a porta, desta vez eu deixo o trinco
Fechas-me a porta, gritas, dizes que te minto
E na verdade, a saudade é labirinto
Entre o que é certo e é certo saber que sinto
Ficou mórbido o que um dia foi bonito
Os poemas não se ouvem entre os gritos
Sinto muito sentir tanto e admito
Que saio com mais vontade do que a que fico
Então odeia-me e eu odeio-te de volta
Cospe no prato e cospe na minha boca
Diz que sou erro, que sou drama, que sou louca
Que te engano e que a esperança está morta
Dá-me a culpa, dá-me a morte e leva a taça
Dá-me a fuga em forma de ameaça
Diz que a dor é grande, mas que também passa
E para de passar em minha casa
Não pegues fogo p'ra depois vir pedir água
Se acreditasse em ti, já nem de mim gostava
Se acreditasse em ti, o tiro acertava
Se acreditasse em ti, eu já nem respirava
Deixa-me só, preciso de ficar sozinha
Assenta o pó enquanto eu fumo na cozinha
Ele dizia que a dor é minha vizinha
Afinal, nem sabia quantos quartos tinha
Não estou p'ra ninguém, cortei a campainha
A mágoa arrasta, não lhe vou fazer bainha
Acendo a vela, selo esta vida minha
Onde foi o sonho que era meu e sei que tinha?
Writer(s): Agir, Carolina Deslandes
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