Lyrics

Eu bebi da raiva como sumo Deve ser por isso que eu não durmo Sim, eu já errei e isso assumo Mas não fiques se é para fazeres disso assunto O nosso amor foi morto-vivo, hoje é defunto Sais do nada, voltas, gritas que sou tudo E eu sim nado ou é desta que me afundo É madrugada e queres discutir a fundo Sou caos e calma, é no centro que me fundo Sou toda a alma, mas dizes que te confundo Na tua sala, não te vejo entre o fumo Não sei se é karma ou se sou eu que te consumo Fecho a porta, desta vez eu deixo o trinco Fechas-me a porta, gritas, dizes que te minto E na verdade, a saudade é labirinto Entre o que é certo e é certo saber que sinto Ficou mórbido o que um dia foi bonito Os poemas não se ouvem entre os gritos Sinto muito sentir tanto e admito Que saio com mais vontade do que a que fico Então odeia-me e eu odeio-te de volta Cospe no prato e cospe na minha boca Diz que sou erro, que sou drama, que sou louca Que te engano e que a esperança está morta Dá-me a culpa, dá-me a morte e leva a taça Dá-me a fuga em forma de ameaça Diz que a dor é grande, mas que também passa E para de passar em minha casa Não pegues fogo p'ra depois vir pedir água Se acreditasse em ti, já nem de mim gostava Se acreditasse em ti, o tiro acertava Se acreditasse em ti, eu já nem respirava Deixa-me só, preciso de ficar sozinha Assenta o pó enquanto eu fumo na cozinha Ele dizia que a dor é minha vizinha Afinal, nem sabia quantos quartos tinha Não estou p'ra ninguém, cortei a campainha A mágoa arrasta, não lhe vou fazer bainha Acendo a vela, selo esta vida minha Onde foi o sonho que era meu e sei que tinha?
Writer(s): Agir, Carolina Deslandes Lyrics powered by www.musixmatch.com
instagramSharePathic_arrow_out