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Eu dava um dedo da mão Para poder trabalhar Saber horas, saber dias Saber quanto vou ganhar Trabalhava com afinco Sete horas, nove ou dez Qualquer coisa para ganhar Um salário ao fim do mês Eu dava talvez dois dedos Se pudessem garantir Que ao fim de meio ano Não me iam despedir Queria só uma semana Talvez não fizesse mal Para poder descansar Ir à terra no Natal Dava três dedos da mão Por um papel assinado Um contrato original E também em duplicado E ia com alegria Essencial no trabalho Lavar uma escadaria Ou encerar um soalho Por quatro dedos da mão Até fazia o jantar Adormecia os meninos Embalava-os ao luar Ia para casa serena Com o meu dever cumprido Ia para a cama cedo De coração preenchido Sem cinco dedos da mão Dava conta do recado Lavava, passava a ferro E engraxava o calçado Serão os dedos da mão A chave da felicidade O que me sobra em trabalho Falta-me em dignidade Mas ninguém quer os meus dedos E os anéis já os vendi Ainda tenho dois braços E a força não a perdi Vou então fechar a mão E erguê-la alto no ar Vou então fechar a mão E erguê-la alto no ar Vou então fechar a mão E erguê-la alto no ar Perco bem mais que dez dedos Quando parar de lutar
Writer(s): Vanessa Borges Lyrics powered by www.musixmatch.com
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