Reduto de Malandro

Tira o pente e guarda a pistola Depois de contar as droga, esconde a porra da sacola Quebra a ponta do quilo pra nós torra de marola Troca a bateria do rádio e dá pro mano da endola Hoje é dia de folga, nós vai tirar uma marola Parar pra soltar pipa, torra setenta da orla Tomar um banho de mar, na altinha nós desenrola Tomar uma caipirinha estalando, feita na hora Acende do balão e manda a fumaça embora De óculos escuro, pega a visão das novinha Posturadão de raça, não rende pra patricinha Bota as loirinha na linha Na sul elas nem olha, no baile perde a calcinha Tá tega d'racinha Nós leva no blindão', só quer paz e muito dinheiro Ter um quarto com a vista linda no Rio de Janeiro De frente pro Vidiga ou do Cantagalo, tá tega Quem sabe da Rocinha ou do alto lá da Mangueira Santa Marta ou Santo Amaro Ou então Santa Teresa Se for pra cair pra pista nós vai mora em Madureira Terrinha onde o malandro mais brabo toma rasteira, vagabundo Rio de Janeiro, selva mais perigosa do território nacional (Ó, ó) Cheiro de crack nas esquinas A chama do isqueiro na lata que ilumina As ruas mais bonitas, relaxa e sente a brisa A braba da praça que sobe fazendo a neblina Então dá um 2, menina Vem de rolé comigo na cidade mais bonita Aproveita a vista linda Nós brindando na praia enquanto ela estala a marquinha Me olhando nos olhos falando que quer ser minha Cuidado em, menina