Lecoq- Eu Não Paro

Meu universo não tem planetas tem papeis e canetas Colunas e gavetas, onde guardo muitas letras Não quero saber de tretas, quero saber de metas Já vi línguas falar tanto, que pareciam atletas Calado caladinho devagar devagarinho Pedras que vi no céu agora fazem de caminho No meu cubo eu subo o som gravo e faço magia Não consigo ficar mudo eu só mudo a melodia Raiz é da poesia talvez um dia isto de frutos Música é terapia por isso é que há muitos músicos Ouvidos também são muitos conheci alguns ouvintes As vezes falo por ti e só quero que te identifiques Se gostares eu quero que fiques este som é desabafo Muitos corações partidos colei com os sons que faço Solteiro com um bagaço tou tipo regula e sam Mas talvez o amor me chame Eu não paro nem que seque o tinteiro Eu não paro nem que doa os dedos Eu só bazo o que tem de sair de cá dentro Eu não paro nem que seque o tinteiro Eu não paro nem que doa os dedos Eu só bazo o que tem de sair de cá dentro Palavras foram ditas foram escritas com amor Conheci caras bonitas que me fizeram compor Não entendes o que eu recito mas o beat é tradutor Deixo a alma no recinto danço até o sol se pôr Eu não desisto disto mas tu desististe Acredita fico triste porque isso é que digo isto Tempo é tudo o que eu invisto Eu não sou o que eu visto Não julgues o que não viste Porque eu dava te o meu quispo Poeta sem morada escrevo para todo o mundo Poesia é minha casa porque é onde eu dispo tudo Brindo o copo com saúde hoje passou mais um ano E como a guita não me ilude hoje ainda te chamo mano Sinto que tou no espaço e viajo no infinito Vim tentar dar um abraço aqueles que não tenho visto Música também é isto escrever sobre quem partiu Saudade é um registo sobre quem deixou um vazio Eu não paro nem que seque o tinteiro Eu não paro nem que doa os dedos Eu só bazo o que tem de sair de cá dentro Eu não paro nem que seque o tinteiro Eu não paro nem que doa os dedos Eu só bazo o que tem de sair de cá dentro Eu não paro nem que seque o tinteiro Eu não paro nem que doa os dedos Eu só bazo o que tem de sair de cá dentro