Tá tudo, chapei e o quê?
Tamo tão programados
Condizendo a figura em um dedo só
Um silêncio, uma dúvida, cantar nesse tom
E desaprender quando a tela me deixa
Bem maluco, tão distante de você
Tentei acreditar
Sem zuar, quantas vezes conhecia você?
Pelo meu celular
Temos, sabemos, somos
Fomos tão bons amantes
Me bateu a real
A clava forte também
Um silêncio repleto de repetição
Mas quando trago essa a minha alma
Deita, faz de tudo pra lembrar de você
Sem ter de imaginar
Sem zuar, vivi tanto imaginando você
Pelo meu celular
Migrei o meu semblante
De apático, amargo, carão
Pra além das mãos
Um corpo em sinal de clarão
Tentei entrar em você
Sem botar banca e boto fé
Que to delirando
Tentativa de sensualizar minha falta em busca de alguém
Dentro do celular
Lembra quando ainda me sentia em você?
Fora do celular
Obcecado digital
Digital obcecado
Obcecado digital
Digital obcecado
Obcecado digital
Digital obcecado
Obcecado digital
Digital obcecado
Tudo tão chato e o quê?
Tão bem padronizado
Copiando uma figura
Um sentimento só
Um silêncio repleto de repetição
Mas quando toco essa a minha alma esquenta
Esquece o tanto que não é com você
Chegar de me atiçar
Sem zuar fico leve, calmo, longe de você
E do meu celular
Obcecado digital
Digital obcecado
Obcecado digital
Digital obcecado
Obcecado digital
Digital obcecado
