Hoje cruzei lá na estância
Que eu morei quando guri
E aqueles quadros tão lindos
Todos eles revivi
Mas este tempo não volta
Embora eu sinta saudades
Quando aprendi a andar a cavalo
Aos quatro anos de idade
Quando aprendi a andar a cavalo
Aos quatro anos de idade
Mas esses tempos passou
E a estância não é o que era
Senti profunda tristeza
Ao te ver, velha tapera
O arvoredo morrendo
Os aramados no chão
Não tem galinha nem porco
Nem fogo lá no galpão
Não tem galinha nem porco
Nem fogo lá no galpão
Lembrei do gato Mimi
Que era um dos meus cambichos
E do meu cusquinho orreiro
Que tinha o nome de Chicho
Petiça branca e useiro
Que eu ganhei dos meus avós
Hoje só resta saudades
E uns versos na minha voz
Hoje só resta saudades
E uns versos na minha voz
Lembrei de todos meus primos
Quanta algazarra e retoiço
Correndo carreira a pé
Brincando com gado de osso
Aos sete anos de idade
Peguei gaita de botão
E era a alegria da enteada
Nas festas lá do rincão
E era a alegria da enteada
Nas festas lá do rincão
Mas esse tempo passou
Devo viver o presente
Por isto meu peito canta
Tudo que hoje ele sente
Voltei pra matar a sede
Beber água na vertente
Rever a velha amizade
E abraçar os meus parentes
Rever a velha amizade
E abraçar os meus parentes
Rever a velha amizade
E abraçar os meus parentes
Rever a velha amizade
