Maligna Nostalgia (feat. Túlio Marques)

Em tudo que é noite fujo da morte enquanto trafego Procuro um norte, tento a sorte, escondo meu ego O mal me quer vão, nenhuma unção, por dentro o ferro O passado não vê, também leva a crer que estamos cegos Aquele mundo acabou, só tem o retrato emoldurado Pessoas mudaram e quem não mudou não está ao meu lado Amigo de infância agora ao meu lado é só um estranho Estranho pensar que eu não sei nada desse ser humano Juventude fugaz dura só um pouco dessa longa vida Maior parte dela é como uma vela de sete dias Que queima aos poucos, nos deixa loucos, vela falecida O passado esquece de esquecer de nossas feridas Contudo então não vejo Uma maneira de gritar em segredo Que o passado é tudo aquilo que não tem volta Melhor crer no futuro que melhora E o passado é uma concha de retalhos Costurado com certeza do improvável Antes feliz, nesse momento pouco importa Importa o fato de imediato em poucas horas Ser feliz ontem, hoje quase não me assanha E a nostalgia tanto bate quanto apanha Remonta as peças desse lego envelhecido Tivesse sido tão alegre e divertido Somos reféns de nossas primeiras vezes Vivemo' em busca daquilo que um dia teve Sabor primal, alicerce fundamental Última vez não teve sabor igual As vozes remontam a mais antiga época Lembranças que passam e a mente intercepta Pensar nas frustrações em meio as emoções E quantas frustrações aguentarão minhas razões Vem futuro te quero nesse mundo Vem curar as dores d'outro fluxo Desaguar coragem nesse vagabundo Ensinar tudo em tão poucos segundos Me dizer pra recalcular a rota Me mostrar pra que lado o vento assopra Nem que seja pra provar que há futuro Que eu não vejo na humanidade um rumo Vem futuro te quero nesse mundo Vem curar as dores d'outro fluxo Desaguar coragem nesse vagabundo Ensinar tudo em tão poucos segundos Me dizer pra recalcular a rota Me mostrar pra que lado o vento assopra Nem que seja pra provar que há futuro Que eu não vejo na humanidade um rumo