Lyrics

Chora o poeta por dias que não verá Antes o fogo, ou findo seus dias Meio século de fortuna escrita Data obliterada pelo tempo que não há E no apagar das luzes dessa peça teatral O público clama episódios infinitos Mas todo clamor há de se tornar banal Pois não há sopro vital, esse drama veio a óbito Quanta vida deixarei de ver E quantas descobertas me serão enigmas Pois enquanto vivo procuro viver Na cordialidade da morte esclarecida Arcanos no mundo são tantos Tantos quantos não posso os contar Se houvera meios de no fundo de meu antro Trazer à tona todo mistério que há Rezo ao santo por minhas pernas Pra não ter doença nelas E que me leve ao Deus-dará Rezo a Buda por um bom motivo Me faça feliz sozinho Ou divino orixá Cai em terra fértil estéril asteróide Comprometendo tanta promissora vida Morde e cospe morte assassina Queima foto de Polaróide Não trás sequer vivos atributos Nem água de toda morte ser divina Trás apenas o pão desse Diabo Fosse pobre, mas chorava e sofria És queda que não há chão E se torna pra lá de infinita E quando nem mesmo adoração Te guarda da morte mais sofrida Haja tanto fim do mundo, haja! Pode fogo, pode água e trovão Se nem assim o mundo nosso se esvaia Não será fanática declaração Rezo ao mar por meu caminho E que traga ao meu destino Cinco poemas de paz Rezo ao céu por mais juízo Que em mim sonho divino Faça poemas e nada mais
Writer(s): Daniel Queiroz Da Silva Lyrics powered by www.musixmatch.com
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